Pequena análise turística em Balneário Camboriú

Depois de dois meses em terras catarinenses pude ter uma idéia legal sobre o turismo local, principalmente na cidade de Balneário Camboriú. Permaneci no local entre os dias 16 de dezembro de 2007 e 16 de fevereiro de 2008. Infelizmente não fui só para o turismo, mas sim por fins profissionais (o que segundo os grandes pensadores do fenômeno turístico aniquilaria a idéia de turisdo, mas não para mim). Pelas conversas que tive com pessoas que residem na cidade, este foi um verão bem atípico. Em decorrência do Carnaval ter acontecido logo no início de fevereiro, a temporada foi mais curta. As atividades escolares seguiram o carnaval, iniciando-se por volta do dia 11 de fevereiro. Além desses, outro motivo que fez diminuir o indice de turistas foras as chuvas, que ocorreram em vários dias. Para piorar ainda mais a situação daqueles que investem em turismo no litoral catarinense, que costumeiramente atrai argentinos, foi o câmbio desfavorável para os hermanos, que ingressaram em menor número este ano.

Mesmo com todos estes pontos desfavoráveis, havia um número significativo de visitantes nas praias de Balneário. Pelas ruas passavam carros e ônibus de vários países da América do Sul, com destaque para o número de bolivianos que apareceram este ano por lá. Apesar da maior dificuldade financeira, os argentinos continuam disparados como a maioria de gringos nas praias de lá. Vindo de outros continentes, vi apenas um americano.

A cidade de Balneário Camboriú tenta espelhar suas atrações na cidade do Rio de Janeiro. Imitação de Cristo Redentor e Teleférico. Calçadões em preto-e-branco. Mas a natureza é outro espetáculo grandioso, apresentando morros pertinho da praia, areias claras. Prais diversas, algumas lotadas, outras semi-desertas. Passeios de barco e city-tour. Além disso, por concentrar boa parte de hóspedes do litoral catarinense, as empresas de turismo organizam passeios em outros locais, principalmente para Joinville/São Francisco do Sul, Blumenau/Brusque e Florianópolis. Passeios normalmente iniciando-se pela manhã e retornando no início da noite.

A cidade enfrenta problemas de trânsito, principalmente ao meio-dia e nos finais de tarde. O contingente de automóveis é muito grande no verão, e formam-se filas de vários quarteirões. Em diuas de chuva o problema aumenta, principalmente porque as bocas-de-lobo não dão a vazão necessária para a água da chuva. Há alguns pontos de alagamento na área central.

O transporte público é organizado, mas insuficiente em horários de pico. Há linhas que levam aos principais pontos turísticos - ao Cristo Luz, inclusive, de forma gratuita. Uma linha percorre a orla, com o Bondindinho. Outras linhas partem para praias mais distantes e para a cidade vizinha de Itajaí. Os táxis são bastante caros. Há também algumas moto-táxis.

A estação rodoviária apresenta linhas para diversos locais do estado, mas a maior parte dos ônibus partem para Curitiba (via Joinville), Blumenau e Florianópolis. É possível, no entanto, viajar diretamente para o interior do Rio Grande do Sul - São Leopoldo, Montenegro e Santa Cruz do Sul - e para a Argentina - Posadas e Buenos Aires. Mas esse não é um grande problema dada a proximidade com a capital do estado. Com relação a aeroportos, há o de Florianópolis a cerca de 80km de Balneário Camboriú e o de Navegantes, há 20 km.