A partir de sábado, as empresas aéreas poderão praticar descontos progressivamente maiores nas passagens internacionais com destinos na América do Sul.

A liberdade tarifária na região estará em pleno vigor a partir de setembro, a exemplo do que já acontece em trechos domésticos.

A liberdade de fixar preços já existe para trechos domésticos, o que permite promoções agressivas das empresas. Mas, para vôos internacionais, os descontos eram limitados a 30% acima do valor de referência da Iata (associação internacional das empresas).

A medida foi anunciada ontem (26/02) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que pretende preparar resolução liberando os preços de vôos para a Europa até o fim do ano. Não há informação ainda sobre quando e de que forma serão liberados os preços nessa região, que recebe cerca de 40% dos vôos internacionais. Não há previsão para aplicar a mesma regra a vôos para outras regiões.

Segundo o diretor Ronaldo Serôa, o processo de incentivo à competitividade começou com a América do Sul (30% dos vôos internacionais) porque as empresas brasileiras têm "posição de dominância", o que seria uma "experiência mais controlada, com menos riscos". A meta da Anac é elevar a demanda interna, mas há também a expectativa de que ocorra uma "diferenciação de produto" -empresas ofereçam vôos mais baratos modificando a qualidade do serviço, dentro dos padrões de segurança.

Tarifas declinantes - Porém, não há previsão precisa de qual será o impacto no mercado nem estimativa da queda média nos preços das passagens internacionais na América do Sul. "Nossa expectativa é uma tendência declinante das tarifas", disse Serôa.

Começando no sábado, serão liberados descontos de até 50%. Em julho, os descontos poderão ser de até 80%. A liberdade tarifária estará em pleno vigor a partir de 1º de setembro. A liberação vale para empresas nacionais e internacionais que vendam passagens com os destinos: Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname.

Segundo o vice-presidente de Marketing da Gol, Tarcísio Gargoni, a política de liberação dos preços está alinhada com a política de sua empresa de popularização do transporte aéreo dentro do modelo de baixo-custo. "Isso vai beneficiar principalmente o passageiro brasileiro. Era difícil justificar por que passagens compradas fora eram mais baratas que passagens compradas aqui", disse.

Isto porque, na Argentina e no Chile, já vigora essa liberação, o que cria distorções. Segundo a Anac, o bilhete de Buenos Aires a São Paulo pode custar US$ 205. Na rota oposta, custaria no mínimo US$ 405.

Infra-estrutura - Segundo Serôa, o planejamento de infra-estrutura aeroportuária irá acompanhar a política de liberação de preços, e isso não representará um gargalo. Um dos problemas, ainda em negociação pelo governo, são os acordos bilaterais entre países da região que limitam as frequências dos vôos. "No caso da Argentina, temos que resolver a curto prazo", disse Serôa.

A liberação de descontos ocorre num momento de mercado aquecido, com recordes de gastos de brasileiros em viagens ao exterior, com Argentina sendo o maior destino. A assessoria de imprensa da TAM foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Por Folha de São Paulo

1 Comment:

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